terça-feira, 11 de maio de 2010

Meus cabelos no Divã




Por estes dias estou tentando retomar com força ao meu hábito diário da leitura. E não é fácil! É muita coisa para fazer, para trabalhar e principalmente para entreter! Mas, quando pego um livro e DEVORO (… tal como Caetano a Leonardo de Caprio…), fico com um “odinho” de mim por ter ficado por tanto tempo longe dos livros.
E por estes dias DEVOREI um livro de crónicas de Martha Medeiros. E poxa, senti um “odinho” por tanto tempo ter gostado das suas palavras e ter me esquecido dela. É assim, não é? É tanta informação nova a todo instante e de repente esqueçamos das coisas que REALMENTE são importantes.
Bem, é baseado um romance de Martha Medeiros o filme Divã que tem uma das cenas mais engraçadas que já vi!
Repica!!!!
Repica!!!
Repica!!!
Repicaaaaaaaaaaaaa!!!
A mulher que está completamente envolvida com uma nova paixão, se sentindo livre e transgredindo sua vida, grita ao cabeleireiro para REPICAR o cabelo que antes era cuidadosamente bem escovado, quiçá por uma escova inteligente ou definitiva, frio reto, quase um chanel demodé. Enquanto o “personal hair” , um homem que “dá pinta” de gay ( destes que nós mulheres adoramos) explica para a amiga da mulher que esta acostumado com estas mulheres que passam anos com o mesmo tipo de cabelo e basta uma paixão e elas radicalizam e já querem REPICAR O cabelo… ela lá… Repica, repica, repica antes que o mundo acabe!
Meu cabelo cresceu assim. Repicado, enrolado, em desordem, livre, pronto para estar e ser da forma que bem desejar! É normal isto? Não sei…
O que sei é que todas vezes que no cinema umas mulheres entram em liberdade de qualquer situação, seus cabelos passam de lisos para enrolados instantaneamente, já repararam?
Meu cabelo anda “dando esta pinta”, de “REPICA, REPICA”, se eu aliso ele fica repicado e todos elogiam o corte de cabelo “desconectado”, dependendo da pessoa, do tempo e do meu estado de humor ou da necessidade de dar uma contadinha da minha história, eu já vou dizendo ele cresceu assim, “naturalmente repicado” e se eu não aliso aí sim, os ares desconectados livres que o torna enrolado, armado para o lado que ele sentir confortável . Minha mãe que sempre adorou os cabelos das filhas “sob o controle” do fio reto, vive reclamando “filha, a Cris repicou seu cabelo…”
Resumindo: estou “dando pinta” de mulher apaixonada, livre e transgredindo a vida! E julgando pelos cabelos, “ onde há fumaça, há fogo”! É…. Estou. O meu cabelo está cumprindo a missão de me mandar para o lugar onde devo estar ou ainda ele estando perto dos meus pensamentos inconscientes talvez os escute melhor e defina na aparência minha intensa vontade de viver a vida apaixonadamente.
Se discute tanto sobre os cabelos que caem durante a quimio. Uns dizem que cabelo é de menos que “cabelo cresce” (uma pinóia! É ruim demais os vê-los cair) e outros sempre tem aquela “dozinha” de você por ser tão careca! Todas falam dos cabelos que nascem depois da quimioterapia, uns mais bonitos, uns mais feios, uns mais lisos, outros mais secos… Realmente não tenho dados estatísticos e científicos para comprovar o que influencia nos novos cabelos, mas, as minhas madeixas nasceram rápido demais, fortes demais, secos demais, armados demais, enrolados demais e linnnnnnnnnnnnnnndos demais! Ah esqueci: repicados demais!!!!

Ando apaixonada pela vida. Apaixonada por esta paz interior imensa que me faz livre. Lógico que, como tudo nesta vida, envolve um esforço grande conseguir viver em uma “vibe” diferente que o mundo a sua volta, nesta vida maluca e ofegante que é tão comum, até o momento que você decide que precisa de outros valores para continuar sentindo PAIXÃO e TESÃO por viver, que DEVE existir algo desconhecido, escondido que não está visível aos olhos e que dá sentido a tudo que nos acontece aqui, neste mundo terreno.
Ando APAIXONADA e transgredindo inúmeros conceitos que para mim eram, concretos, na verdade, concretos demais e por assim ser, controláveis. Não, não quero controlar, não é possível controlar uma paixão, não é possível controlar meus cabelos…. Repica!
Repica!
Repica!
Que quero meus cabelos livres ao vento!!!!


(vídeo da cena do filme Divã (repica): Lilia Cabral e Paulo Gustavo.
Foto: eu e minha amiga recentemente em uma baladinha de remember dos velhos tempos...)

2 comentários:

Leo Mandoki, Jr. disse...

acabei de assistir o filme The Road...vim aqui ao PC...e vi o seu comentario...desde mto tempo que tenho uma forte empatia ctg...por N razões que me são intimas..mas hj te econtrar..vou algo realmente inesperado...e que eu gostei mto...a tua VISITA DE HJ me fez sentir autentico...eu te gosto...sem saber quem tu es

Unknown disse...

Oi Renata,
Meu nome é Michele. Meu mano foi diagnosticado com linfoma, não sabemos se de hoghkin ou não hodgkin
somente na quarta dia 26.05 teremos o resultado..afff ...Pois é acho que logo nós tambm vamos conhecer esse tal hodgkin :( Gostei muito do seu blog, adorei o post "meus cabelos no divã"...hehehe
Estarei sempre aqui buscando mais otimismo e força para ajudar meu irmão nessa batalha.
Bjos Deus te abençoe!