Nesta postagem, deixo o depoimento de uma amiga e a sua tragetória de cura...
"Oi, meu nome é Lorywa Setsuko Tiagor, tenho 34 anos, moro em São Paulo-SP, sou enfermeira e tive um linfoma não hodgkin disseminado estádio IV b.
A história é longa, mas achei importante contar td. Os sintomas começaram em junho de 2007, porém só fui diagnosticada em 09/10/2007. Comecei a sentir dores no quadril D, começaram amenas e aumentaram a ponto de se tornar insuportável e incapacitante, consultei uma ortopedista pensando q poderia ser algum problema na coluna, como pediu os exames aos poucos e a dor só aumentava, troquei de ortopedista, assim q viu o resultado da ressonância de quadril solicitou uma biópsia.
O médico q realizou a biópsia adiantou q a suspeita era de linfoma ou osteossarcoma (um tipo de câncer ósseo q não tem cura), quando recebi a notícia chorei muito e fiquei triste, mas decidi que lutaria pela minha vida, pois não tinha nada a perder. Uma hemato passou a acompanhar o caso.
O resultado da biópsia demorou a sair, mesmo o laboratório sendo pressionado por mim e pela médica, enquanto isso as dores pioraram muito, precisei de morfina para suportar e surgiram linfonodos no pescoço, axilas, mamas, abdome e massa tumoral disseminada, tinha tumor por todo lado. O resultado da biópsia saiu no dia 05/10 (sexta-feira) e foi inconclusivo, constatou uma “neoplasia maligna hematopoiética de diferenciação indefinida”. No sábado fiz outra biópsia dos linfonodos do pescoço, o resultado saiu na terça, nesse dia mesmo passei pelo oncohematologista indicado pela minha hemato e fiquei internada logo após a consulta, comecei as quimios na quinta-feira da mesma semana. Fiquei internada por 30 dias, pois corria risco de vida, estava muito debilitada e instável, recebi transfusão sanguínea, soroterapia, antibióticos e realizei vários exames.
Fiz o protocolo CHOP 14, fazia quimio a cada 14 dias, foram 08 ciclos de quimio e 01 ciclo de quimio intratecal. As 03 primeiras quimios e a intratecal realizei durante a internação, as demais foram via ambulatorial (fazia e voltava p casa no mesmo dia).
Tive muita náusea e vômitos, apesar das medicações; -as dores intensas sumiram por volta da 03ª quimio, a morfina foi retirada aos poucos; -dores no corpo causadas pelo granulokine melhoravam com analgésicos comuns; -os cabelos caíram logo nos primeiros dias, passei máquina zero no hospital mesmo, assumi a careca, usava lenços e bonés p me proteger do sol; -cansaço; -falta de ar aos esforços e menopausa precoce induzida pelas quimios, o que mais me incomodou e ainda incomoda nesse aspecto são as ondas de calor.
Trabalhei minha mente a meu favor, tive e tenho muita fé em Deus e em mim mesma, após a alta hospitalar fiz tratamento espiritual paralelamente ao tratamento médico, o q não prejudicou em nada e só veio a somar. Após a 08ª quimio fiz novos exames e o meu médico afirmou q estava em remissão completa, segundo ele superei suas expectativas, pois disse q meu caso era terminal na época do diagnóstico.
Realizei um transplante de medula óssea autólogo em junho de 2008, devido ao estadiamento e agressividade do linfoma. Dessa vez fiquei 18 dias internada e tive muito menos desconforto do q havia sentido antes. Durante todo o tratamento não tive depressão, desânimo ou desespero.
Os altos e baixos começaram após o término do tratamento, qd já estava em remissão completa. Refleti sobre td q passei e conclui q é normal ter momentos depressivos, afinal de contas ninguém é de ferro né, só não podemos permitir que isso nos domine totalmente. Minha família, namorado e amigos deram apoio e estiveram sempre ao meu lado.
O chefe da UTI q trabalhei, Dr. Fumio, foi meu anjo da guarda, qd as coisas complicaram me ajudou em tds os sentidos, desde o afastamento do trabalho, escolha dos médicos e negociação com o convênio p autorização dos procedimentos, serei eternamente grata. Sinto q renasci, p mim Deus me concedeu uma dádiva, uma nova chance.na mesma vida."
Bjs de luz.
E-mail.: lorywa@gmail.com
3 comentários:
Bháh muito emocionante mesmo, com isso reforcei a mim que tudo é possível o importante é querer a cura. E muito otimismo.
UM abração
Oi, Rê!
Muito legal você publicar a história da Lorywa, ela é um grande exemplo de êxito e coragem, importantíssimo para todos nós que estamos em tratamento.
Parabéns às duas.
Beijos
ola gatinha me indentifique com seu caso pois minha mãe esta no mesmo momento pois e,sta internada hoje as dores esta muito aguda no quadril e não sabemos o que fazer pois ve-la sofrer nos faz sofrer junto.
Sou super bem humorada mas q não estou perto dela a cabeça fica a mil qdo entre em seu blog percebi que tinha São Miguel Arcanjo pois já faz dois dias que venho escutando o radio e o radialista vem falando de São Miguel fique muito imprecionada pois gostaria de continuar me corresponder com vc.
E o tratamento espiritual aonde foi.
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